Capítulo 10

“Então, afinal, você é canhoto ou destro? Quando opera, usa a mão esquerda ou a direita para segurar o bisturi?”

Ele estava realmente curioso.

“Eu não tenho problemas com nenhuma das mãos.”

“Você… você é mesmo humana??”

Nesse momento, um idoso apressado começou a gritar, “Deixem passar, deixem passar, ei, Isabella, o que você está fazendo aqui?”

Os olhos límpidos e brilhantes de Isabella refletiram surpresa ao ver quem chegava, “Vô Lopes?”

“Isabella, você também foi chamada pelo Célio para operar o Seu Mauro? Será que tenho a honra de ser seu assistente?”

“Já terminei.”

“Como assim, já terminou?”

O trânsito estava um caos no caminho, o que fez ele correr até o hospital, quase sem fôlego, e agora descobriu que a cirurgia já tinha terminado!

“Você fez a cirurgia sozinha?” Gildo Lopes perguntou, ainda ofegante.

“Ele também ajudou.”

Seu Gildo olhou na direção indicada e, ao reconhecer a pessoa ao lado dela, ficou boquiaberto, “Moleque, o que você está fazendo aqui?”

“Vô…” Mário respondeu resignado, “Eu trabalho aqui.”

Claro, o avô tinha se esquecido de novo…

Mas era impressionante ver o avô, sempre tão temperamental e orgulhoso de suas habilidades, tratando uma jovem com tanta gentileza e até certo ponto de bajulação!

Mário estava chocado!

Quem era essa Isabella, afinal?

O que ela tinha além de ser uma cirurgiã excepcional a ponto de merecer tanta admiração do seu avô?

“Garoto, ter a chance de ser assistente da Isabella é uma sorte que você conquistou em dez vidas!”

uma sorte

que o avô estava com algum problema

a garota fosse habilidosa,

no quarto 301 direito?”

“Eu visito todos os dias…”

estou

dá para cuidar da Doña Branca

segundo, vou dar um sermão nele!” Gildo Lopes não hesitou e levantou a mão para bater no ombro do neto, “Seu moleque, tá achando que

hospital, não pode

Acha que eu não consigo te alcançar? Eu acabei de correr três quilômetros…”

Dez minutos depois.

Rolls–Royce entrou pelo portão da Vila

luxuosas mansões privadas estavam construídas à

carro seguiu pela alameda arborizada e parou

porta ao ver o carro

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11.25.

aconteceu?” Carlos Neves

o carro ficou naquele

preciosa filha, estava

Pires surpresa, ela perguntou incrédula, “Lucas, seus óculos,

checar o banco traseiro

está bem, fui eu que sofri um pequeno acidente com um caminhão no caminho…” explicou o motorista, abrindo a porta do carro com respeito, “Senhorita Isabella, chegamos

seus olhos, encontrando o

as estrelas do cinema daquela

pôde evitar que seus olhos se enchessem de lágrimas, “Você

os pés no chão, no segundo

“Finalmente encontramos você!”

deixou Isabella um tanto desacostumada, mas

em você, disse Nair Pires, segurando o rosto de Isabella. A menina tinha traços finos, uma pele clara e macia. Com lágrimas nos olhos, perguntou com amor, “Você foi bem tratada na família Dias todos

“Sim.”

olhos de Nair Pires.

temos que comemorar…” falou Carlos Neves, com os olhos também um pouco vermelhos, “Vamos entrar, para

a mochila de Isabella

e olhou para a silhueta de Isabella, com os olhos marejados. Como sua menina havia passado todos esses anos? Já era uma moça e ainda carregava uma bolsa tão simples? Nem uma

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