Capítulo 63

Ângela Alves ficou sem palavras.

Helena era a sua queridinha, então tudo que fazia estava certo. Ser ardilosa e astuta era ser inteligente e sábia, puxar conexões e usar o jeitinho era saber se virar… Tudo nela era visto como uma qualidade.

Ela, com sua simplicidade, como poderia se comparar?

Qualquer coisa que fazia era vista como veneno, motivo de chacota, alvo de desdém.

Até para falar tinha que aguentar zombarias até não poder mais.

Era o cúmulo da hipocrisia!

Enquanto murmurava suas queixas, o celular de Felipe tocou, e ela aproveitou para dar uma espiada discreta. Era Helena.

Ele foi até a varanda para atender, falando baixo. Ângela Alves esticou os ouvidos ao máximo, mas não conseguiu entender direito o que diziam.

Não precisava de adivinhação para saber que eram palavras doces e íntimas que ela não deveria ouvir.

Felipe desligou e voltou, pegando seu casaco no sofá. “Preciso ir. A competição faz você avançar, não é ruim para você.”

Ângela Alves ficou sem palavras, fazendo caretas para as costas dele.

Ela tinha certeza de que ele estava indo se encontrar com Helena.

nenhum respeito

sendo traída não era ela, e sim a coitada da

e, virando–se, percebeu que a pintura na estante

quarto de Bruna e bateu na porta. “Bruna, onde está minha pintura?”

jogado na lixeira

Bruna suspirou.

o senhor chegou, entrou no quarto, pegou a pintura e, sem dizer uma palavra, rasgou em

Ângela tinha irritado o senhor e

não gostasse

ao

Capitulo 63

Ele era louco?

que ele tinha rasgado a sua pintura?

Era demais!

confrontá–lo e esclarecer as

na

que pareciam revigorados e satisfeitos após a noite anterior, certamente

apareceu em sua mente, e ela sentiu

os braços, tentando se livrar da

sua reação, franziu a

jaqueta mesmo que estivesse frio, estava tentando congelar o filho dele?

pediu para a secretária desligar o

a primeira a apresentar seu relatório, propondo abertamente competir com Ângela Alves pela posição

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