Capítulo 514

A noite estava escura como breu.

Sob o viaduto, ao lado do lago, ouvia–se o canto dos insetos e o coaxar dos sapos. A grama exalava seu aroma intenso, misturando–se com a neblina noturna que pousava gelada sobre a pele.

Aquele frio penetrava a alma, provocando um medo profundo.

Olivia abrigou–se com seus quatro filhos e Teresa no túnel sob o viaduto.

À frente do túnel havia um lago, cujas águas brilhavam misteriosamente sob a luz da lua, parecendo profundas e aterrorizantes.

Era verdade.

Ela tinha visto uma fileira de carros pretos de luxo seguindo o trânsito e sentiu um pânico avassalador.

Naquele instante, decidiu sair do táxi.

Ainda bem que era noite. Ela e Teresa agacharam–se para chegar ao táxi que estava à frente, evitando ser notadas.

Quando o táxi anterior passou o semáforo, ela pensou que o motorista do táxi que pegaram certamente contaria a Daniel.

Se Daniel os alcançasse, eles não teriam escapatória.

o motorista parar, pois queriam

cem e pediu para ele não se preocupar com o troco.

taxista então parou o carro e, enquanto desciam,

mas ele serviu para encobri–los. Aproveitando o ônibus como escudo, ela guiou as crianças e Teresa por trás

perigoso era, de

sairem do táxi, elas

ali.

entre a grama, havia muitos

mais quente e delicada, atraiam os

com suas mãozinhas rechonchudas, coçava–se sem parar, até que não aguentou mais e choramingou: “Mamãe, tá coçando, não quero

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Capitulo 514

tô com coceira, tá cheio de picada em mim“, Inês murmurou com seus lábios inchados em sinal

de balançar

o coração apertado e sem alternativas: “Só mais dez minutos e a gente vai embora, meus amores. Vamos

que as crianças sofressem com as picadas,

escolha; tinha medo

e se fossem pegos, não apenas as crianças

naquela manhã, nas mãos de Daniel, ainda estava vivida em sua

no que aconteceria se fossem

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