Capítulo 45

Ouvindo Amado falar assim, Noe não conseguiu esconder um sorriso sarcástico.

Cinco anos atrás, Inês era como uma princesa na Cidade Mar, encantadora e brilhante, cheia de orgulho. Como ela se abaixaria ao ponto de correr atrás de alguém?

Talvez, a única vez que ela se rebaixou foi por Noe, e ele nem deu bola.

Agora, cinco anos depois, as figuras do passado ressurgiram, mas as águas já haviam mudado de curso. Noe refletia: se não fossem esses cinco anos de intervalo, será que as coisas não estariam mais amenas entre eles?

Contudo, muitas passagens da vida não abrem espaço para remorsos, ponderava Noe. Provar a inocência de Acelina e trazer à tona a verdade era o minimo que podia fazer por sua paz. Quanto a Inés, ela arcou com as consequências devidas.

Amado assistiu Deolinda se distanciar e, de súbito, virou–se para Noe, inquirindo baixinho: “Sr. Serpa, nesses cinco anos, você se envolveu com outras mulheres?”

Com um tom quase de acusação, Noe franziu o cenho, mantendo–se em silêncio.

observando o perfil refinado de Noe Serpa, guardando

mãe e o Sr. Serpa resolvessem se reconciliar… seria, provavelmente, um

olhos, apesar de, para o resto do mundo, ser a perfeição em pessoa, com sua riqueza e posição social invejáveis. Mas um homem que negligenciou a própria

não valeria.

olhando pela janela

estriavam.

de choro, mostrando que não estava bem, mas ainda assim se produziu com esmero, vestindo botas e uma

era essa a mulher que havia causado um rebuliço na entrada da casa

Inês bateu à porta e chamou. O menino abandonou os

tristeza: “Desculpa, Amado. Você ainda vai ter que esperar um pouco

soltou. So

desdém: “Não adanta se debater em vão, Inés, não importa quanto tempo passe, você não vai achar um advogado

Inês chorar novamente: “Noe Serpa, como você

“Desa2ado”

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