Capítulo 106

Inés chorou até que seus olhos ficassem vermelhos, apontando para Noe Serpa e tremendo como os palhos de uma árvore ao vento, sua voz soava como um sabiá em agonia, repetindo o nome dele, tão repleto de insinuações quanto cinco anos atrás. Porém, a expressão foi substituída por uma dor congelante que a engolfou completamente. Todos os seus gritando em agonia: “Noe Serpa, meu irmão morreul Por que você não dá uma risadinha? Se eu fosse você, ríria até em sonho! Você conseguiu o que queria, me deixar desolada!”

As últimas palavras foram ditas com desespero, ela apontou para a porta, sentindo o gosto do sangue em sua garganta: “Saia daqui!”

Noe Serpa sentiu um pânico inexplicável, olhando para Inês à sua frente. De repente, ele sentiu como se toda a sua energia tivesse sido drenada de seu corpo.

Por que… isso aconteceu?

“Eu disse para sair! Eu estou mandando você sair!” – Inês não costumava ser assim, ela o amava, mesmo quando sofria injustiças, nunca o tratou com tanta raiva como agora, diante de Noe Serpa…

“Por favor, acalmem–se… o falecido já se foi, lamentem…” – Os profissionais de saúde ao lado, vendo a intensidade das emoções da família, temiam que isso afetasse a ordem normal do hospital e tentaram acalmar a situação.

Mas a frase “o falecido já se foi” – drenou o sangue do rosto de Inês, deixando–a pálida como se no próximo momento fosse crucificada – sangrando profusamente, dor nos ossos, agonia, intensa dor, cada célula e cada centímetro de pele gritando com a dor insuportável de uma existência pior que a morte!

risada estranha: “Eu realmente sou uma assassina” – Ela havia matado

Noe Serpa ouviu as palavras “assassina” – saindo dos lábios dela, por algum motivo ele sentiu como se seu coração estivesse sendo

passado, mesmo apontada por milhares de pessoas, sempre manteve sua dignidade sem nunca admitir suas ações em relação a Acelina, mesmo que ela fosse presa, seus olhos ainda brilhavam com ódio e resistência, mas agora?

sorriu para ele: “Eu realmente sou uma assassina, Noe Serpa. Por que você não me

“Cale a boca!”

admitisse, não queria se vingar dela? Olha, eu admiti, agora se você puder, me mate de

à sua frente, uma onda de

sedativo e se virou

tinha depressão!

a situação de Inês e pediu que o hospital preparasse um lugar para ela descansar. Com o choque que ela

me transformar em uma louca, não é?” – Inês, sendo segurada pelos profissionais de saúde, olhou para Noe Serpa, claramente sorrindo, mas com uma expressão de dor escrita em

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