Capítulo 121

Inês caminhava sozinha pelos corredores estreitos. Primeiro caminhava, depois apressava o passo, até que começou a correr loucamente, até escapar daquela assustadora construção de metal que ecoava diversos tipos de música eletrônica, até que sua figura fosse engolida novamente pela escuridão da noite.

Ela parecia estar gastando todas as suas forças ao correr até o fim desse obscuro vazio. Ironias pairavam no ar nesse momento, e ela riu, uma risada nervosa e descontrolada. Um homem a seguia, alcançando seus passos e a segurando pelo braço.

Inês não olhou para trás.

Mas a voz daquele homem ficou presa em suas costas como agulhas afiadas, a dor se espalhando por todo o seu corpo naquele momento.

Ela se virou e, não aguentando mais, deu um tapa no rosto de Noe Serpa.

Que homem estranho…

Ela já havia batido e xingado e, com uma leve risada, Inês retirou a mão gelada, tocando levemente o peito de Noe Serpa.

Esse gesto foi como um martelo quebrando seu peito, fazendo seu sangue correr e seu coração desacelerar.

ela sabia o que ele queria ao segui–la, mas qual era o objetivo? Aquele pouco de afeto não era nada comparado aos dias em que ela se

suas palavras como armas para desmantelar todas as defesas

Ela disse:

nós, as velhas contas ainda não estão acertadas, e o que eu senti por você, você não precisa mais

vez, e isso foi uma piada. Você

Serpa

levantou novamente, ainda mantinha o queixo erguido, orgulhosa e nobre como cinco anos

estivesse sendo perseguido, e enquanto Inês se

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segurado o pulso dela antes, mas agora, só restava o’vazio.

Nada.

nunca teriam olhado para ele com aquele desdém e

Noe Serpa riu

e destruição teriam sido necessárias para transformar esse amor profundo

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