Capítulo 329

Noe parecia não sentir dor, ele segurou a mão direita em transe e olhou para o sangue que jorrava do ferimento em sua palma, um vermelho chocante.

Observou longamente aquela ferida, cerrou os dentes e, com esforço determinado, retirou o caco de cerâmica profundamente enraizado; as gotas de sangue espirraram! O corpo outrora adornado foi subitamente invadido por uma dor avassaladora, que emanava das profundezas do coração. Seu rosto ficou pálido, como se ele tivesse perdido a alma.

Não houve tentativa de parar o sangue, então ele pulsou furiosamente no ferimento. Ele sentiu dor, mas a dor em seu coração era

ainda maior.

Ele pensou, será que Inês, quando no desespero cortou os próprios pulsos, sentia dores como a que ele sentía agora?

Não, era impossível. A dor na mão não se compara às bolsas de cicatrizes de sangue no pulso direito da Inês!

de retaliação. Ele se lembra dela, sozinha na prisão, sofrendo tratamento

como um carrasco torturando–o. Noe fechou os olhos, mas só viu

casamento, cinco anos de companheirismo, e ele a presenteou com uma acusação infundada. Será que na época ele havia considerado a possibilidade de estar errado e o quão severo seria

havia sequer

sentiu que tudo ao seu redor começava a desmoronar, a distorcer, como se seu

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o viram acordar, Oziel brincou: “Por que você não cortou um pouco mais

a mão e olhou fixamente para o curativo, tentou falar,

não deu notícias o dia todo, que foi ao seu apartamento e te encontrou. Caramba, ao entrar, viu tudo no chão e sangue por toda parte, um estranho podería pensar que

“Isso não parece coisa sua,

se afastando imediatamente de algo errado, e nunca o tinha visto tão desamparado.

Exceto… por Inês.

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