Capítulo 1761

A indiferença de Kira fez Flávio perceber que não tinha mais chances.

O dano já estava feito, e não importava o quanto ele tentasse compensar, não seria capaz de curar as feridas no coração dela.

Ele levantou o copo que ela havia servido e o esvaziou de um gole só. “Kira, me perdoa!”

Se o destino lhe desse outra chance, ele certamente não faria nada para machucá–la novamente.

Mas não havia ‘se‘.

Kira nem sequer olhou para ele, encheu seu copo de novo e apontou para os aperitivos na mesa. “Essa carne de sol é da minha própria fazenda, e esse moqueca de peixe também vem do meu tanque. Experimenta, vê se tá bom?”

Anos atrás, depois de decidirem ficar juntos, Kira e ele costumavam cozinhar nas folgas.

Nenhum dos dois sabia cozinhar direito, e os pratos que saíam eram verdadeiras aventuras culinárias.

Mas como faziam juntos, por pior que fosse, comiam tudo até o fim.

Aqueles momentos eram tão bonitos, mas tão breves.

Agora, Kira, forçada pelas circunstâncias da vida, havia se tornado uma excelente cozinheira.

Só de olhar para os pratos, sabia–se que o sabor seria bom, mas ele temia essa refeição.

Flávio sabia que essa refeição marcava o fim oficial do relacionamento deles.

esse momento o

finalmente olhou para ele, seus olhares se encontraram. “O Diretor Flávio tá acostumado com iguarias sofisticadas, não gosta dessas comidinhas simples

isso.” Flávio, com as mãos tremendo, pegou um pedaço de carne de sol e mastigou lentamente.

“Prova o peixe

pedaço. “O peixe também

copo. “Um

erguendo o copo e brindando com ela.

só vez, e Flávio não teve escolha

com a voz rouca, só conseguiu dizer, “Kira,

encheu o

a dela, mas parou no ar ao ver o olhar distante dela. “Você não aguenta muita bebida,

não aguento? Gerenciar uma fazenda sozinha todos esses anos

uma moça sozinha, estabelecer–se em um lugar

amarguras, só

passado, Flávio só tinha

aceito seu pedido de

dissesse que nunca aceitaria suas desculpas,

provaria que, de alguma forma, ela ainda o guardava

perdoou facilmente, o que significava que ela não se

para machucá–la já não importava para

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