Capítulo 42

Ele não entendia por que insistia com Inês para que ela se libertasse de Noe o mais rápido possível.

Mas, no final das contas, Inês acabou com os olhos chelos de lágrimas: “Para mim, ter meu filho por perto é tudo de bom. Sem ele, para que me serve ter toda a grana do mundo?”

Dionisio olhou para Inês com um olhar intenso: “Eu não falei que você tem que largar seu filho. Inês. Você pode voltar para casa dos Serpa para vê–lo, brincar com ele, mas… você tem que se soltar dessas amarras que seu filho representa para você. Entendeu o que eu estou dizendo?”

O rosto de Inês se torceu de surpresa, e Dionisio, percebendo a mudança na expressão dela, soltou um sorriso de canto: “Al está a valente dona da familia Guedes que eu conheci.”

Essas palavras, ‘dona da familia Guedes‘, tocaram Inês como espinhos no coração, e uma dor sutil começou a se espalhar pelo seu ser. Com os olhos ainda úmidos, ela encarou Dionisio e disse depois de um tempo: “Obrigada, Dionisio. Você sempre tem um jeito de me fazer enxergar a vida por outra perspectiva.”

Foi ele quem disse que certas feridas precisam ser expostas ao sol.

Como forma de agradecimento, Inês sugeriu que eles fossem jantar, e Dionisio topou na hora: “Posso escolher um lugar chique?”

Inês deu uma piscadinha: “Noe me deixou cinco milhões, então te levar para jantar é fichinha.” “Viu só, já está começando a ver a vida com outros olhos, a curtir mais, né?”

riu e apontou descompromissado para um buffet japonês no shopping. Eles foram juntos, notando os sussurros ao redor.

O cara é muito

tão conhecidos. Devem ser ricos, já vi

o frio, exalando um ar

sempre.

impressionados com eles

cabeça: “Não, qualquer

os conduziu a

riu: “Sou fã de comida japonesa.”

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que, há cinco anos, meu

folhear o cardápio e arregalou os olhos:

mais ainda: “Cada um com

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