Capítulo 109

Inês recebeu alta do hospital.

Noe Serpa achou que Inês tinha se acalmado temporariamente. Viu–a voltar para o quarto e se deitar silenciosamente, sem imaginar que tudo não passava de uma farsa. Ela fingia estar em paz, como se tudo estivesse tranquilo.

Assim que Noe Serpa foi para a empresa, Inês cuidou sozinha de sua alta hospitalar. Ela se arrumou, limpou os ferimentos, retocou a maquiagem e se apresentou com uma catma assustadora.

Era como se ela estivesse vivendo o último lampejo de vida antes da morte.

Quando saiu do hospital, Inês se apressou. No caminho para casa, comprou um bolo e, quando chegou, arrumou a casa toda. Em seguida, preparou um banquete e colocou o bolo no centro da mesa com uma vela acesa, observando–o queimar até o fim.

Como se a chama estivesse consumindo sua própria vida.

Inês olhou para a vela por um longo tempo antes de sussurrar: “Irmão, feliz aniversário“.

aniversário… E agora sua vida está eternamente paralisada aos

depois cortou um pedaço de bolo, reservando–o para Amado. Se ele soubesse que tinha perdido o aniversário do tio, certamente faría um escândalo por

família Serpa para Amado, ela não podia mais

transformariam em um demônio. Noe Serpa, o homem que arruinou

inicial até os gritos desesperados, ela parecia ter esgotado todas as

era apenas nesses momentos de silêncio solitário que a dor imensa e delicada, como uma maré, a inundava, deixando–a

não era clamar aos céus, mas esse silêncio

mas seus lábios estavam muito pesados. Finalmente, ela se sentou no sofá e enterrou o rosto

se quisesse quebrar sua própria

a Amado. Ela tentou pegar o celular, mas percebeu que ele

tempo antes de decidir ir embora. Comprou um novo celular em uma loja e um novo número. Voltou para casa,

atendida e a voz de Dionísio soou

antes que ela finalmente respondesse: “Dionísio, sou eu,

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