Capítulo 113

Um sentimento estranho e formigante percorreu seu corpo naquele momento. Inês se sentiu humilhada por esse gesto e tentou se virar para resistir, mas Teodoro Farnese a segurou firmemente, sua voz misturada com o som frio e gelado da chuva ecoando em seus ouvidos, totalmente destituída de emoção. “Está na hora de criar algo bonito para se lembrar, não é? Afinal, já expusemos nossas feridas um ao outro.”

“Você estava apenas se aproximando de mim?” Inês exclamou incrédula.

Com um sorriso travesso, Teodoro Farnese respondeu: “Ah, eu inventei uma história que te comoveu, não foi? Desculpe, talvez eu seja um bom ator. O que a senhora acha, Sra. Guedes?”

Inês o empurrou, envergonhada e furiosa, com as mãos tremendo ao seu lado. Ela pensou que ele fosse como ela… Mas no fim, o que era? Apenas um teatro!

Ela riu de si mesma, sarcástica. Havia baixado a guarda e se aberto a um estranho. Bem feito.

Inês recuou alguns passos, mas não podia simplesmente ir embora naquela situação, encharcada pela chuva… Seria como se estivesse nua.

urgência, Teodoro Farnese observava, bem–humorado, o dilema dela. Ele sabia que a rejeição dela era apenas superficial e que, vestida daquela maneira, certamente ficaria encharcada se saísse na chuva. Ela gostava

subitamente, como se tivesse visto algo

escapado! Ela estava rindo, sua risáda misturada ao som da chuva batendo. “Teodoro Farnese, você quer me humilhar, não é? Você acha que eu não ousaria sair correndo?

voz frágil desapareceu na chuva.

trás. Nem sequer hesitou.

ela poderia fazer essa escolha? Qualquer mulher normal escolheria ficar com ele!

paralisado por alguns segundos, depois agarrou um casaco que estava, secando ao lado do ar–condicionado e, como uma flecha, disparou através da cortina de chuva atrás de Inês. Ele a alcançou após alguns passos e a agarrou

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19:54

mundo ver assim?*

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