Entretanto, Anthony, sabia que Anne, seu animalzinho de estimação, espiaria o interrogatório, ele não estava tentando matar o homem. Estava apenas fazendo um show para ela!

Anne parou na beira da avenida e olhou para frente, com a visão embaçada, lutando para não desmaiar e, nesse momento, um táxi estacionou, praticamente em frente a ela, para deixar um passageiro. Sem hesitar, Anne entrou no veículo.

Assim que fechou a porta, olhou para o motorista e disse:

― Para a delegacia, por favor. ―

Sem dizer nada, o motorista ligou o motor e começou a dirigir.

As mãos de Anne, apoiadas nos joelhos, tremiam. Ela precisava buscar proteção e, mesmo que não pudesse deixar Luton, tinha que expor a crueldade de Anthony, pelo menos.

O táxi parou e Anne saiu correndo.

A delegacia estava iluminada, mas ninguém parecia ter notado quando a jovem entrou, embora ela parecesse um cervo perdido na floresta e estivesse com as roupas rasgadas e molhadas.

Anne caminhou para o balcão de atendimento, enquanto olhava para todos os lados, com medo. Enquanto aguardava o atendimento, seus olhos percorriam as paredes do local, até encontrar um certificado, agradecendo uma empresa por ter feito uma doação enorme, permitindo a compra de equipamentos modernos para a delegacia. O que chamou a atenção de Anne foram as palavras ‘Grupo Arquiduque’ no final do documento.

Alguns minutos depois que Anne entrou, o oficial de plantão finalmente a notou e se aproximou. Ele a olhou da cabeça aos pés e percebeu que ela estava encharcada e com metade do rosto inchado. O policial perguntou, solicito:

― Você foi agredida? ―

― Eu o quê? ― Anne parecia não o ter ouvido e apontou para o certificado, com o dedo indicador.

O policial olhou para trás e identificando o quadro, comentou:

― Todos os carros de polícia foram patrocinados por eles. Você precisava ver as viaturas que usávamos antes! Era um monte de sucata. O Grupo diz que manter Luton segura, faz bem para todo mundo. Cada delegacia de polícia tem um certificado desses ― então o homem se debruçou e falou, em tom de voz que indicava uma conspiração ― além do que, fazer uma doação dessas faz com que nem a polícia queira investigá-los, não é? É melhor você não mexer com eles! ―

― Manter Luton segura… não mexer com eles… ― Anne ouviu isso e seu rosto ficou mais pálido.

Portanto, eles a prenderiam por ser louca, se denunciasse Anthony?

― Então, vamos fazer seu boletim de ocorrência? ―

Anne balançou a cabeça vigorosamente e respondeu:

mudei de

dizendo isso, virou o corpo e

a achou estranha, mas não

baixa e lágrimas caindo de seu rosto. Sua esperança murchou como um

fugir

poder que, mesmo que a matasse, ninguém

olhos marejados se fixaram no Rolls Royce preto estacionado. Apesar de ter uma delegacia logo atrás dela, mesmo assim, ela

ela tinha quase certeza de que Anthony estava lá. Anne podia sentir a pressão

saiu e

banco traseiro. Ele olhou para a jovem como uma víbora que acabava de encontrar sua presa.

porta se fechou e o

mais! ―

a testa, com dor.

me denunciar? Funcionou? ―

Não… não, eu vi você machucando alguém, e fiquei chocada. Eu queria buscar proteção e nada

rei! ― Os olhos de Anthony se tornaram sombrios e

chocada e

eu sei…

aliviou o aperto e se sentou, ereto. Ele

paisagem. Ela tinha

Mansão Real, era quase

ficou embaixo do chuveiro quente. Sua pele macia ficou avermelhada. Completamente recuperada das erupções causadas pelos frutos do

seguir em frente. Ela tinha três filhos para cuidar e não podia desistir antes de voltar para eles.

o ofender. O que precisava era conquistar a confiança de seu

parto em um hospital universitário e, sem experiência, o médico residente acabou deixando uma cicatriz mais proeminente

Anthony a questionasse, ela poderia argumentar que se tratava de uma marca de facada e

Anne queria mesmo era ir a uma clínica estética para consertar a cicatriz

nessas coisas, Anne se deitou e dormiu profundamente.

dia seguinte, descobriu que Anne estava

de uma mulher e pensou “Desde quando uma mulher mora na Mansão Real? Será que é aquela mesma jovem que

um choque saber que uma jovem de aparência frágil vivia com ele. Kathryn sorriu com tristeza, enquanto colocava a intravenosa em Anne, antes de sair

esperando do

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