Pressionando para que os documentos fossem confeccionados rapidamente, Anne conseguiu se mudar da Mansão Real para seu pequeno apartamento na mesma noite.

Sentindo-se satisfeita, trancou a porta e deitou na cama, dormindo tranquilamente a noite toda, mesmo tendo que acordar à meia-noite, para fazer uma videochamada com os filhos. Mas, sua tranquilidade era justificada, aquele lugar era muito mais seguro do que a Mansão Real.

Depois de trabalhar na clínica estética, por alguns dias, Anne começava a parecer e se portar como uma trabalhadora, ao invés da mulher maltratada do início.

Um dia, depois de terminar o turno da manhã, a jovem estava no banheiro, quando seu celular vibrou.

Curiosa, imaginando quem a ligaria numa hora como aquela, pegou o aparelho, mas, assim que percebeu se tratar de um número desconhecido, estacou. Ela não sabia quem ligava e presumiu que fosse Anthony. Mil coisas passaram por sua cabeça. A jovem não queria atender, mas ao mesmo tempo, tinha medo. Enfim, criou coragem e atendeu:

― Alô? ―

― Anne, sou eu ― respondeu Tommy.

Anne ficou aliviada.

― Oh, oi! Tudo bem por aí? ―

― Tudo ótimo. Acabei de sair do escritório e estou passando pelo seu local de trabalho. Quer almoçar? ―

Anne instantaneamente se lembrou do aviso de Anthony e recusou:

― Desculpe, tenho tanto trabalho a fazer que não estou com vontade de sair. ―

― Entendo, tudo bem. Descanse um pouco. Nos encontraremos outra hora. Fica bem! ― Tommy foi compreensivo.

― Obrigada. Fica bem, você também ― disse Anne, educadamente.

Após usar o sanitário e lavar as mãos, ela foi para a copa. Onde bebeu água, enquanto pedia comida, por aplicativo. As opções eram tantas que ela não tinha ideia do que comer. Afinal, as refeições não eram fornecidas pela clínica e ela mesma tinha que se virar para almoçar bem.

Mesmo assim, ela seria muito bem paga. Receberia um salário mais que satisfatório, durante o período probatório e o pagamento se tornaria ainda mais atrativo se fosse efetivada. Além disso, ela receberia comissão por trazer novos clientes.

Anne pensou que, se fosse uma mulher sozinha, ter um emprego bem remunerado como aquele, seria muito bom. No entanto, ela tinha três filhos para cuidar. De qualquer forma, não era como se ela tivesse a opção de voltar para seus filhos e seria bom ganhar algum dinheiro extra enquanto não podia voltar para casa.

Uma enfermeira entrou com uma caixa de refeição na mão, dizendo:

Anne, isto é para

em um

Um homem deixou na recepção. Ouvi dizer que era bem bonito e dirigia

responder. A enfermeira viu que ela não falava e, pensando se tratar de algum rolo, não questionou mais e saiu. Anne continuou olhando para a caixa, confusa, pensando: “Será que ele comprou isso porque

Conforme respirava, seu estômago roncava e, mesmo assim, por algum motivo,

frutos do mar. Não se preocupe.’

valorizada. Ela não esperava que Tommy se lembrasse de que

sorriso no rosto, Anne respondeu:

Eu não queria te

não respondeu e Anne não sabia se ele

e abriu. Como esperado, estava delicioso e sem frutos do mar. Enquanto comia, Anne pensava consigo mesma, comparando Anthony e Tommy: “Ambos são da família Marwood e perderam suas mães. Por que diabos eles têm personalidades tão diferentes? Enquanto um é atencioso e bondoso o outro é egoísta e

copa escurecer e percebeu que tinha alguém parado à

Estava gostoso? ―

Tommy entrando. Ele se sentou em uma cadeira, em frente a ela e olhou para a

seu gosto não mudou.

pôde deixar de corar. Ela rapidamente limpou os lábios em um guardanapo e perguntou:

você está aqui? ―

para procurar seu chefe. Não disse a ninguém que estava procurando por você. ―

riu e respondeu:

Não! Seria mais suspeito se a porta estivesse

sorriso no rosto dela e ficou

estética, Robin Weir

que está fazendo

levantou

pedir uma bebida. ―

é o seu chefe ― Tommy apresentou o homem

jovem imediatamente ajeitou a roupa e

Prazer em conhecê-lo!

e sorriu, entendendo o

aqui. Preciso de um favor

é grave? ― Perguntou

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