Certo dia, um cliente especial marcou um procedimento noturno na clínica e alguns funcionários tiveram que trabalhar até mais tarde. Às seis da tarde, Anne estava prestes a comer o pão que havia preparado, quando seu celular tocou. Ela viu o identificador de chamadas e atendeu dizendo:

― Vou trabalhar até tarde, hoje. ―

― Eu sei! É por isso que te trouxe um jantar decente e, espero, delicioso. ―

Anne caminhou até a recepção e viu Tommy sentado, esperando por ela. Mesmo tendo ficado lisonjeada, a jovem sempre se lembrava das palavras de Anthony e arrepiava, por isso, se aproximou, dizendo:

― Eu já não disse que você não precisa me trazer comida? ―

Tommy sorriu, segurou a mão da jovem e a puxou para mais perto, enquanto dizia:

― Disse! Mas… Não é pra trazer, nem uma vez? ―

Quando ele a tocou, ela estremeceu e sentou-se, impotente, enquanto olhava o capricho com que a comida tinha sido escolhida para satisfazer seus gostos. Sentindo-se impotente, Anne perguntou:

― Por que você é tão legal comigo? ―

Tommy tinha um olhar gentil, ao responder:

― Serei legal com você e tudo o que você precisa fazer é aceitar. Sem pressão. Assim como era quando você morava na Mansão Marwood. Se você quiser não precisa nem me considerar um primo, pode até me chamar de irmão. ―

“Irmão…” Anne olhou para baixo. Todos os seus pesadelos começaram quando ela chamou Anthony de ‘irmão’. Por isso, ela jamais teria coragem de chamar Tommy dessa maneira. A verdade é que ela sentia que não deveria ter se encontrado com Tommy uma segunda vez, nem uma terceira…

― Se você não comer agora, vai esfriar e meu esforço será em vão ― Tommy estendeu a mão para bagunçar o cabelo de Anne, cuidando dela com carinho e atenção.

Anne arrumou o cabelo e reclamou:

― Eu não sou criança. Por que você me trata desse jeito? ―

Tommy riu e respondeu:

― Desculpa, não faço mais isso. ―

Olhando para o rosto adorável de Anne, ele pensou que apesar de ela ter vinte e poucos anos, ele ainda a via como uma criança.

― Tá bom, eu te desculpo! Agora, mudando de assunto, como está o Sr. Weir? ― Anne lembrou.

― Ele fundou a clínica e cuidou dela como uma filha. No fim, foi forçado a vendê-la. Mais importante, o comprador nem apareceu pessoalmente e pagou em dinheiro. Ele deve ter se sentido péssimo ― disse Tommy.

Anne estava curiosa. Será que ele era tão poderoso quanto Tommy? Afinal, se não fosse, Tommy teria sido capaz de ajudar Robin, mas nem

que surgisse alguém poderoso o suficiente para acabar com Anthony. Mas, Tommy respondeu, acabando

alguém do Grupo Arquiduque, então não pude ajudar Robin. ―

isso, a única esperança de Anne desapareceu e seu rosto ficou pálido,

com força, amassando o recipiente e

― Ahhh! ―

imediatamente, abriu a garrafa de água que estava ao seu lado e pegou a mão de

se mova.

escorreu por sua pele, refrescando o ardor.

vermelho ― Tommy disse, franzindo a testa, enquanto olhava

preocupado

Estou bem. O caldo já não estava tão quente. ―

olhou Anne e disse,

importa a gravidade do seu machucado, quero sempre cuidar de você. Se você perder uma mão,

brincalhona com que Tommy falou descontraiu o

assim? Você vai cortar sua

mão? Aqui na clínica eles fazem esse tipo de coisa, não

de brincar! ― Anne tentava controlar a

sala e a figura alta, exalando um ar opressor parou perto do casal. A porta estava entreaberta e Anthony viu a interação entre Tommy e Anne. A mão de Anne ainda estava entre as

Tommy sentiu a atmosfera incomum e olhou para trás. Anne também olhava e, assim que seus olhos encontraram o olhar frio e sombrio do demônio, seus nervos se

Anne. No entanto,

Confuso, Tommy disse:

primo. Não esperava vê-lo. Por que você está

e Tommy não achava que o rosto bonito de Anthony, que até o deixava inseguro, tivesse algo para trabalhar. A menos que

passando ― disse Anthony, com frieza.

melhor forma

há tantos anos. Que tal tomarmos uma bebida e

não recusou. Entretanto, quando ele se virou, seus olhos de águia se fixaram em

Anne ficou mole e relaxou. Suas

por que Anthony estava ali. Se o Grupo Arquiduque tinha comprado a clínica. Em outras palavras, a clínica agora era de Anthony e ele poderia aparecer

controlar a jovem. Quem poderia pensar que alguém iria tão longe para garantir que ela não

que ela fez. “Será que Anthony mexeria nos arquivos e descobriria? Provavelmente

e voltou ao trabalho. Quando o procedimento terminou, eram cerca de nove da noite e Anne foi direto para o vestiário. No entanto, quando abriu o armário e se preparava para se trocar, o celular começou a tocar. Se tratava de uma chamada de vídeo e a jovem ficou furiosa. Ela tinha deixado claro, várias vezes, para que Nancy

Anne respondeu:

The Novel will be updated daily. Come back and continue reading tomorrow, everyone!

Comments ()

0/255