Capítulo 10

Eu lutava desesperadamente, gritando por socorro, quase engolida pela angústia.

“Chega!” – Por fim, Adonis deu um chute em Belmiro, o afastando.

Eu sabia que ele detestava que mexessem com o que era dele.

Ele não se importava comigo, mas como já tinha me tocado, me considerava sua propriedade mais barata.

Caí desajeitadamente no chão, encolhendo–me e segurando as roupas contra o corpo.

Adonis, como se tivesse perdido o interesse, olhou para mim com indiferença, sua voz soava fria: “Sumam daqui!”

Belmiro e os outros perceberam o clima; vendo Adonis irritado, um por um, foram se levantando e saindo.

No quarto, restamos apenas eu e ele.

Ele se levantou, me chutou com repulsa: “Ouvi dizer que você foi encontrar o Alceu hoje? Foi tão fácil assim? Estava se oferecendo para ele?”

Alceu era um colega da faculdade, que me paquerava há anos, um cara de boa índole.

Naquele dia, fui visitar Alceu porque ele estava de partida para estudar fora do país.

Ele disse que conseguiu uma vaga para mim no programa de intercâmbio e pediu para eu pensar bem, dar uma resposta quando estivesse pronta, mesmo que eu não tivesse interesse nele. Disse que admirava o meu talento e que esperaria por mim lá fora.

Fiquei tentada, confesso.

me amava, eu sabia que ele não

fantasia de que, depois de tantos anos de

desesperou de verdade e me fez decidir ir embora foi

Naquela noite, Adonis, embriagado,

abracei, sem

mesa de centro furiosamente,

apavorada, chorando, e balancei

Ele

não me deixou em paz.

me olhou com repugnância, com os olhos

quem falou do nosso acordo, me pediu” – Ao ver

estava tentando desesperadamente me

camisa estava desabotoada por causa de

momento, provavelmente parecendo

parecia irritado, pegou uma garrafa da mesa e a derramou sobre minha cabeça: “Você está

os olhos com medo, deixando que ele

eu devia isso a

era para

a uma

tinha que ir

paz, mas ele parecia

The Novel will be updated daily. Come back and continue reading tomorrow, everyone!

Comments ()

0/255