Na direção em que seguia, Anne acabaria em um beco sem saída, portanto, a jovem se virou e correu em direção à rua movimentada. Assim que chegasse à avenida, ela poderia pegar um táxi e fugir.

No entanto, apesar de o plano ter parecido perfeito, quando chegou onde desejava, percebeu que não seria tão fácil pegar um táxi, afinal, os brutamontes ainda a perseguiam. Por isso, Anne procurava desesperadamente um lugar para se esconder.

Por acaso, a jovem viu um Rolls Royce estacionado do outro lado da estrada e correu em direção a ele. Sem hesitar, se escondeu do outro lado do carro.

Agachada atrás do veículo, Anne engasgava, tentando recuperar o fôlego. As janelas eram opacas e ela não conseguia ver nada lá dentro. Quando olhava para o vidro, o que via era apenas seu reflexo de pânico.

O aparelho em sua bolsa tocou e a jovem atendeu, em estado de choque. Com cautela, Anne espiou e viu que os seguranças ainda procuravam por ela. Por isso, se escondeu atrás do carro, mais uma vez.

Do outro lado da linha, Sarah perguntou:

― Anne, onde você foi? Não consigo te encontrar no banheiro! ―

― Tia, eu… tive que ir embora. ―

― O quê? Para seu hotel? Você deveria vir para casa comigo! Eu até preparei um quarto para você, o mesmo quarto que você costumava ficar… ―

Enquanto ouvia Sarah, escutou movimentos atrás dela. Era o som eletrônico, bem baixinho, da janela do carro baixando. O corpo de Anne congelou. Ela mantinha o celular encostado na orelha, enquanto se virava para dar uma olhada.

Quando o vidro baixou o suficiente, o olhar de Anne encontrou com o da pessoa no interior do veículo. O rosto masculino e bonito era impressionante na penumbra. Surpresa e em terror, Anne parou de respirar. Ela não conseguia mais ouvir o que Sarah dizia.

― Ah! ― Anne gritou, em estado de choque, cambaleando para trás.

― Anne? Você está bem? ― Sara perguntou, com ansiedade na voz.

Mas, a jovem encerrou a ligação e guardou o aparelho na bolsa, antes de se virar para escapar. No entanto, quando estava prestes a se mover, os seguranças viram e correram em sua direção, impedindo-a de correr.

A porta do carro se abriu e Anthony saiu.

é perigoso fugir

voz do homem era baixa

e começou a perguntar,

você… ― Anthony beliscou seu rosto e a puxou para

era tão forte que a jovem pensou que seus ossos se quebrariam.

você nunca mais fosse voltar! ― Os olhos escuros de Anthony brilharam assustadoramente, quando ele se inclinou em

sentiu o hálito quente em seu ouvido, junto

e a puxou, com força, para dentro

― Argh! ―

por dentro e Anne caiu no tapete do carro,

veículo acelerou e desapareceu na noite. Tudo foi tão organizado que parecia um sequestro planejado.

da janela,

levando? Me

causava medo. O homem apertou os dedos no queixo da jovem, forçando-a a olhá-lo nos olhos e, só então perguntou,

está tentando me dizer o

Não. Não… ―

não costumava me chamar de irmão, quando morava conosco? Me chame assim, mais

Marwood há muito tempo. Vim aqui apenas para participar da festa. Sinto muito. Não volto mais para Luton, eu juro! ― mas, não importa

parece ter medo de mim. Não é? ― Anthony levantou

nenhum som. Anthony sempre foi tão assustador quanto um demônio. Mas, depois de todos esses anos, ele ficou ainda mais assustador. A jovem nunca poderia esquecer

e nunca mais voltar. Eu te imploro… ― Anne tinha lágrimas nos olhos e seu belo pescoço enrijeceu, enquanto

as mãos atrás das costas, Anne tentava manter sua bolsa longe da vista de Anthony, segurando-a com força, sabendo que seu segredo seria exposto

com dedos ásperos e ela sentiu

Anthony rosnou friamente antes de afastar o rosto dela,

enquanto

imploro… ―

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