Anthony jogou o terno preto no sofá, ficando apenas com a camisa preta, que delineava seu torso forte e bem construído, prendendo a atenção de Anne, por alguns segundos, embora o homem mantivesse uma postura agressiva.

Recobrando a concentração, Anne abaixou o olhar. Ela não havia se esquecido completamente daquela noite e sabia como Anthony tinha o corpo musculoso e sensual.

― Por que você me trouxe aqui? ― A jovem perguntou, mesmo com medo. Ela se sentia insegura em falar qualquer coisa, na frente do homem poderoso e cruel, no entanto, assim que superou o medo e falou, ouviu um som estrondoso vindo de sua barriga faminta.

Anne se sentiu envergonhada. Desde que descera do avião, ainda não tinha comido nada. Além da fome, a exaustão da viagem e do voo finalmente a estavam afetando.

Então, Anthony disse, friamente:

― Você deve estar com fome ― e, virando-se para trás, ordenou com a voz potente ― sirvam a comida! ―

Um homem de meia-idade, com uniforme de trabalho, trouxe uma tigela de sopa quente e colocou sobre a mesa.

― Senhor Marwood, a sopa de frutos do mar está pronta ― o mordomo, chamado Hayden, anunciou e se afastou educadamente. Sua presença era tão sutil que foi como se ele nunca tivesse existido.

Quando Anne ouviu a palavra ‘frutos do mar’, seu rosto empalideceu.

― Você pode ter o seu jantar ― disse Anthony, com o olhar frio.

― Eu sou alérgica a frutos do mar. Mesmo com fome, não posso comer ― disse Anne, com a voz trêmula.

A alergia a frutos do mar da jovem era tão forte que, uma vez que ingerisse, se não fosse hospitalizada prontamente, sua garganta poderia fechar completamente, causando sua morte. Isso já quase tinha acontecido, uma vez.

― Então, você vai desperdiçar meu esforço? ― Os olhos de Anthony estavam cheios de ódio.

Sentindo um pesar intenso no coração, Anne percebeu que Anthony tinha servido a comida marítima de propósito. Ele queria matá-la.

― Não… eu não posso comer. Senão vou morrer… ― Anne resistiu e recuou.

Anthony avançou e, agarrando a jovem pelo braço, a atirou para a mesa, gritando:

― Coma! ―

― Ahhh! ―

caiu sobre a mesa e a bolsa que segurava escapou de sua mão e rolou pelo

zíper da bolsa a tempo e conforme rolava pelo chão, a bolsa despejava seu conteúdo,

aparelho e, assim que o homem pegou o telefone, Anne prendeu a respiração, em uma

mão e notou que estava desligado. Então, apertou o botão na lateral para ligá-lo e percebeu que não era falta de

e assustada, Anne começou a

quanto Anthony odiava sua tia, considerando Sarah uma inimiga pessoal e

a olhou

sentiu o medo aumentar e estava prestes a desmaiar, no entanto, sabia que

aproximou e cuidadosamente tirou o aparelho das mãos de Anthony. Então, voltou para a mesa, com medo de que o homem visse sua senha. Anthony percebeu o movimento e olhou para ela, com frieza e zombaria.

repente, ela pegou a sopa de frutos do mar da mesa e jogou fora! Bam! A tigela se espatifou entre os dois, espalhando sopa quente por todo o chão, impedindo que Anthony

raiva, enquanto via a mulher escapar.

― Segure-a! ―

apavorada e correu ainda mais rápido. Quando saiu da sala, viu seguranças que vinham pela frente e, rapidamente, fez uma curva. Vendo um lance de escadas, a jovem desceu correndo. No entanto, seus saltos, que atrapalhavam sua corrida

Ahhh! ― Anne

que ele via era Anne, deitada no pé da escada, desmaiada

como se despertasse de um pesadelo, e se sentou, gemendo e se sentindo atordoada. Então, tocou a testa e encontrou um curativo,

pela janela, percebia

pensamento passou por sua mente e ela apertou ansiosamente o peito, então, saiu da cama e foi ao

seios. Enquanto corria, a jovem teve tempo de escondê-lo e, felizmente, não tinha

era outra. Então, apagou todas as mensagens sobre seus filhos. Afinal,

mandou uma mensagem

Eu te ligo quando terminar. Por favor, não se esqueça, é

a babá,

‘O que aconteceu?’

pressa, Anne

preocupe, estou bem. Por favor, cuide

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