Com força, Anthony agarrou os ombros de Anne e a empurrou. A jovem gritou de dor quando se chocou contra a mesa, fazendo com que dois copos caíssem sobre ela. O líquido espirrou em seu rosto e umedeceu seu cabelo.

Anthony se sentou, preguiçosamente, no sofá, com as pernas cruzadas, enquanto observava Anne, com um olhar frio e sombrio.

Pat tentou agradar a Anthony, oferecendo uma bebida. Mas, ao invés de receber o copo, o homem continuou olhando para Anne, dizendo apenas:

― Não quero ser servido por você! ―

As mãos de Pat estremeceram antes que ele entendesse, mas, finalmente, surgiu uma expressão de entendimento em seu rosto e ele entregou a garrafa de vinho para Anne.

A jovem tremia tanto, de pavor, que mais parecia que estava encharcada em água gelada. Ela sabia que Anthony pretendia humilhá-la e, se ela desobedecesse, nunca seria capaz de sair daquela sala. Por isso, pensando nos três filhos inocentes e adoráveis que tinha deixado em casa, Anne engoliu o orgulho e estendeu a mão trêmula, pegando a garrafa de vinho e servindo a bebida.

Anthony segurou o copo e esvaziou em um trago, mantendo os olhos fixos em Anne.

― Eu posso ir agora? ― Anne perguntou, trêmula, enquanto se ajoelhava no chão, sentindo-se extremamente desconfortável.

As pessoas ao redor assistiam a cena, petrificadas, como se fossem figurantes em um filme, enquanto Anthony controlava a cena, como o rei.

Interrompendo, Pat entregou um copo a Anne, dizendo:

― Como você quer partir tão cedo? É uma honra beber com o Senhor Marwood. Beba! ―

― Eu não bebo ― Anne recusou, virando o rosto.

Entretanto, Anthony levantou a mão e segurou sua mandíbula, com firmeza. Seus olhos brilhavam na escuridão, quando disse:

― Você está me dizendo que nunca bebeu antes? ―

Anne susteve o olhar duro, com olhos lacrimejantes, ela estava se segurando, ao limite, para não começar a chorar.

― Aquela mulher desgraçada não te ensinou nenhum dos truques que usou em meu pai? ―

― Minha tia nunca fez nada vergonhoso. Você se enganou… ― Anne sabia que Anthony se referia à sua tia e se sentiu injustiçada.

― Claro que você pensa isso, você é igual a ela! ― Anthony aumentou seu aperto, quase quebrando a mandíbula da jovem, que gritou de dor.

vez você caiu nas minhas mãos e nem pense em escapar ― Anthony soltou o aperto e deu um tapinha no rosto da jovem que, sentindo-se desesperada, não aguentou mais e

estava ao lado da jovem, a puxou, tentando colocá-la de pé, dizendo:

não pode se recusar a beber

forçada a sentar no sofá, enquanto eles empurravam copos de bebida para ela. Ela não teve escolha

jovem achou muito difícil de engolir. Por isso,

das mulheres correu até Anthony e sentou-se ao seu lado para servir-lhe bebidas. A prostituta tentava agradá-lo, mas Anthony mantinha os olhos

tentando se manter consciente e, quando sentiu alguém tocar sua coxa, entrou em pânico. Ela estava tão paranoica que saiu

trancou em uma cabine, tentando vomitar, sem sucesso. Tudo o que conseguiu foi chorar ainda mais, enquanto se

morreu, todos os parentes a trataram como um empecilho, menos sua tia, que a acolheu como uma filha. “Como alguém como ela poderia ser uma mulher promíscua?”

chamando Anthony de irmão, ele pareceu se ofender e a tratá-la mal, agindo como se a odiasse. Entretanto, ela percebia

Anne estremeceu, sentindo uma aura aterrorizante vindo de trás dela. A

virar a cabeça, a jovem já

frase, seu cabelo foi puxado para trás, com força. Seu pescoço

com crueldade, enquanto dizia:

dei permissão para que você viesse para

cabeça de Anne estava dormente

jovem

vai me deixar

bem delineado pelo vestido justo. Seus olhos brilharam na escuridão quando ele abaixou o corpo para sussurrar em seu

o quão puro é seu corpo.

dito, ele mordeu o ombro

estremeceu e gritou

Oh, ou será que você é uma menina travessa? ―

ombro queimar de

caiu sobre o peito duro de Anthony. Suas lágrimas

desculpa, eu não deveria ter voltado… por favor, eu imploro, pare de

jovem, impiedosamente, e

mais perigoso implorar do que

sentiu o couro cabeludo dormente e as bochechas vermelhas, efeito do álcool. As luzes do teto a forçaram a semicerrar os olhos. Ela estava ficando mais tonta, mas suas lágrimas não paravam de rolar,

Por que eu?

que descontar em você, por enquanto.

família e considerava a jovem tão responsável quanto a tia.

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